2007/12/11

Págamento... Porquê?!?!

Boas tardes, excelentíssimos mergulhadores deste nosso peixanário.

Hoje é dia de desabafos!!! Bem sei que o melhor local para o fazer é no consultório de um psicólogo – por acaso conheço uma psicóloga de grande qualidade que até nem cobra muito por cada consulta, por isso se alguma vez necessitarem de marcar alguma façam o favor de me pedir o contacto e digam que vão da minha parte… – mas penso que o tema sobre o qual quero dissertar não o justifica.

Falemos então daquilo que me traz a este consultório de parvoíces…

Sinto-me deveras cansado e fatigado com toda a problemática envolvente à palavra PAGAMENTO… Admito que seja divertido ouvir este vocábulo a sair da boca das pessoas na sua forma mais corrente – PÁGAMENTO -, mas o que é demais, enjoa!

Porque é que as pessoas insistem em usar a palavra PÁGAMENTO?! Porquê?! Repito: PÁGAMENTO. E não, não me enganei. Leiam mesmo com acento… PÁGAMENTO. Sempre pensei que a forma correcta de enunciar a derivação masculina singular do verbo PAGAR seria PAGAMENTO, mas uma mentira tantas vezes repetida soa a verdade…

Por mero exercício, tentei encontrar a palavra PÁGAMENTO no dicionário de língua portuguesa, mas, imagine-se (!), não a encontrei… Apenas encontrei o seu sinónimo PAGAMENTO!!! P-A-G-A-M-E-N-T-O!!! PA-GA-MEN-TO!!! Ok?! Já não há dúvidas?!

Nunca ouvi ninguém dizer CÁSAMENTO, até porque ninguém ‘vai cásar’; nunca ouvi ninguém dizer TRÁTAMENTO, até porque não é costume as pessoas irem ‘trátar-se’… Já não posso dizer o mesmo a respeito do badalado PÁGAMENTO porque parece que o pessoal costuma ‘págar’ a tempo e horas…

E pior do que não falar correctamente a nossa língua, é corrigir quem a fala correctamente! Certo dia – e esta história é um caso da vida real -, estando eu num cliente, assisti a uma situação: “Ó sr. Doutor, é necessário efectuarmos o pagamento!”… Sem mais nem porquê, ouve-se uma voz ao meu lado (escusado será dizer quem foi, uma vez que será fácil perceber o vínculo profissional que me une a esse ‘alguém’): “Á-Gamento!!! Á-Gamento!!! Diz-se PÁGAMENTO!!!”… Bom, naquela altura passaram-me duas ideias pela minha mente:

Ideia nº.1 – “Que anzol!!!!”
Ideia nº.2 – “Acho que me vou rir bocadinho…”

E assim o fiz… Desatei à gargalhada bem na cara da pessoa que proferiu esta sábia afirmação!! Escusado será dizer que essa pessoa não conseguiu atingir o motivo da minha folia, mas comigo, tudo bem.

Posto isto, deixo aqui o meu desesperado apelo àqueles que habitualmente proferem esta barbaridade: PAREM COM ISSO!!!! OK?! Já chega… Não aguento mais!!!

A sério. Parem.

Vá lá. Por favor.

O PEIXE-OVELHA

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