2008/01/25

A semana dos 8 dias...

Continuando na senda das imagens divertidas, hoje quero falar-vos de um estabelecimento especializado em carnes salteadas – tipo trilogias de espetadas de carne grelhadas… – que faz a fineza de se encontrar disponível a receber os seus clientes a todo e qualquer dia. Ah, e aos Domingos também…


É de enaltecer a capacidade de trabalho desta ‘boutique de carnes’, pois ao contrário de outras que apenas estão abertas todos os dias, esta está aberta, não só todos os dias, como também ao Domingo!!! E o mais engraçado é que o Domingo não está incluído em todos os dias… Estou em crer que aquela pequena seta a apontar para a esquerda na parte Sudeste do placard, tende não a indicar o caminho para o manjar da alheira de caça, mas sim relevar o facto que distingue esta loja de peitos de frango da mediocridade dos seus mais directos concorrentes: Aberto todos os dias e – note-se bem o apontar da seta – DOMINGOS!!! Brilhante.

O PEIXE-OVELHA

2008/01/21

A boa comida francesa no algarvio La Belgica...


Ando com ideias de marcar um almoço à grande e à francesa neste belíssimo restaurante La Belgica… Ou será um almoço à grande e à belga neste belíssimo restaurante La França? Perdi-me. Não não, é um bom almoço belga no restaurante La Belgica. Se calhar ainda não é bem assim… “Cozinha original francesa “ no restaurante “La Belgica”. Chegamos lá. Mas o belga é originalmente francês?! Esquisito. Sempre pensei que a Bélgica fizesse fronteira com a França e que originalmente fosse, sei lá, a Bélgica… Nunca pensei que a Bélgica fosse a França. Mas às tantas não é… Desculpem lá, a Torre Eiffel fica na Bélgica, certo? Não?! Que se lixe, é melhor telefonar para lá para esclarecer tudo… 289 542 212… 289?! Isto é no Algarve?! Quer dizer que eu estive na Bélgica no ano passado na fabulosa Praia da Oura, e nem sequer sabia?! Que pena, se eu soubesse tinha lá ido experimentar a sua estrondosa gastronomia francesa…

O PEIXE-OVELHA

"A gente falarmos português..."

Ilustríssimos e pampanantes amigos, nunca foi minha intenção tornar este blog num espaço de ‘como bem falar português’, mas à luz das imagens que se seguem, creio ser indispensável uma clarificação avisada e competente, não vá alguém pensar que ‘assim é que se fala Bom Português’…


Seremos todos fãs, com certeza, da gastronomia minhota. Pelo menos, eu sou. Mas o que ressalta à vista, não é o facto deste restaurante particular de nome “JÀ ABREU” se chamar “JÀ ABREU” – espera aí! Pára tudo! “JÀ ABREU” não é o nome?! Não?! Ah, ok, o restaurante chama-se “ESPERANÇA”! Que por acaso já abreu… – mas antes o facto de servir TRILOGIAS DE ESPETADAS DE CARNES GRELHADAS… Repito: Trilogias… Deve ser óptimo. Existe a 1ª espetada de carne; existe a sequela da 1ª espetada de carne; e existe a trilogia completa da espetada de carne!!! Esqueçam a trilogia do Senhor dos Anéis ou do Matrix! Trilogia de espetadas de carnes grelhadas é o que está a dar!!!
Um aparte para o qual chamo a vossa atenção: este restaurante, que por acaso já abreu e que serve trilogias de espetadas de carne, fica junto AU Lidl…


Quem nunca experimentou a desagradável sensação de água gélida na pele, após o seu sobretudo receber uma quantidade de água generosa, fruto de uma nuvem extremamente carregada num dia em que se esqueceu do guarda-chuva em casa? Mais uma vez, eu já passei por lá… Aliás, a mim tudo me acontece. Ou melhor, quase tudo – não se ponham já a mandar bocas. E é com enorme tristeza que reparo que este anúncio não contém qualquer contacto, pois eu, apesar de ser um PEIXE, necessitava de mandar impreameblizar a minha gavardine… Aliás impermeavelizare… Ou melhor, impremealverizar. Assim é que é. Ou não? Passemos à frente.


Mais um momento de dificuldade para quem lê… O ponto de interrogação no final da frase, meu senhor? Como é? Já agora, podia ter sido mais específico e dizer-nos no que é que não devemos 'meicher', não acha? Veja lá isso, Ó QUÊM? (repararam no ponto de interrogação no final da minha frase? É muito importante. Faz toda a diferença para quem lê…)


Dizer-se que ‘à tramoços e minuins’ sem mais nada a acompanhar, é um perfeito disparate. Toda a gente sabe que para ‘aver’ qualidade no tramoço e no minuim, é preciso ‘aver’ uma boa bejeca na mesa… É ou não é? Não estou a dar nenhuma novidade, pois não? Ainda assim, temos que dar o braço a torcer e realçar o que de bom se pode concluir desta fotografia... Quem não sabe o que são tramoços e minuins, basta olhar para as amostras naqueles saquinhos de plástico. Isto sim, é ‘savoir-faire’… É assim que se ganham clientes… Mas sem bejeca, nada feito.


E o Palhaço, ah?! E o Palhaço?! Depois admiram-se que as crianças não queiram ir ao circo… Põem imagens de IPPOPOTAMOS AFRICANOS no cartaz! Ainda se fossem imagens de hippopotamos africanus, sempre teria outra credibilidade. Agora fotografias de Ippopotamos Africanos, francamente, não havia necessidade…


Não valia a pena estar a ajavardar o cartaz… É demasiado forte e ofensivo! Estão crianças a ler. Há gente que não tem mesmo escrúpulos e coloca palavrões a seu bel-prazer em plena praça pública. Não há direito… Exijo que aquela frase seja alterada para “Vende-se esta merda”!! E não estou a brincar.

O PEIXEANUS - OVELHINUS

2008/01/15

Mário Lino: Nem sim nem não, bem antes pelo contrário...

Caros amigos bloguianos, após meses de enorme conhecimento recíproco, fomentado por um enorme silêncio da vossa parte, creio ser possível reconhecer-me alguma originalidade nos temas que abordo e na forma como os abordo, certo? Feito esta ressalva, sou levado a seguir a maralha – neste caso diversos outros blogs amigos – e enveredar pelo carneirismo informativo. Como tal, é com imensa dificuldade que acedi pronunciar-me sobre a polémica em torno do Novo Aeroporto de Lisboa – ou de Alcochete, ou da Ota, ou do raio que o parta, que ainda ninguém sabe onde aquilo vai ser!!! – na sua vertente ‘jamais’. E na sua vertente: “Eu nunca disse ‘jamais’!”. E agora acrescento eu: bem antes pelo contrário.

Mário Lino é engenheiro civil. Olhamos para ele e reconhecemos-lhe feições de empreiteiro, daqueles que conduzem um ‘baita’ de um Mercedolas de 1988 cor de vinho e a fazer barulho por todos os lados, com ‘naperonzinhos’ rendilhados a cobrir os estofos em couro todos coçados, que “está impecável, o motor está novo”, porque afinal Mercedes é Mercedes. Fora isso, Mário Lino – e desculpem-me aqueles que estão habituados à minha boa educação – é um BRONCO!! Poderemos apelidá-lo até de BURGESSO – seja lá isto o que for, mas que lhe assenta bem, assenta. Vou fundamentar…

Vejamos as declarações proferidas em Maio de 2007 relativas à questão da localização do Novo Aeroporto de Lisboa:



Penso que fica bem claro, após esta visualização, que o Novo Aeroporto de Lisboa nunca será construído na margem sul do Tejo. O concludente “Alcochete ‘jamais’!!” não deixa qualquer margem para dúvidas… Além disso, Mário Lino enumera um ‘sem número’ de razões para justificar a sua posição. Afinal, a sul da Ponte 25 de Abril só há camelos, dromedários e eventualmente uns Tuaregs no tal ‘deserto’ apregoado pelo Sr. Ministro… Pena é que a organização do Paris-Dakar (ou Lisboa-Dakar, que confusão!!) não tenha sido alertada para esse facto, porque às tantas tinham feito um Almada – Vila Nova de Mil Fontes com todas as garantias de segurança.

Qual o espanto do País, quando meses mais tarde, Mário Lino veio dar o dito por não dito, afirmando que – e passo a citar – “O senhor deputado sabe perfeitamente que eu nunca disse que na margem Sul jamais, sabe que eu não disse. Sabe, sabe. A verdade é esta”. Só faltou mesmo dizer: “ eu é que sou burro?!”

Para os que ficaram com dúvidas aconselho a reverem o vídeo que coloquei, pois nunca se sabe se ouviram bem ou não…

Ah, e em jeito de rodapé, informo que Mário Lino é o actual Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

O PEIXE-OVELHA

2008/01/10

Velocidade máxima dentro das localidades: 30 KM/H!!!! Espectáculo!!!


Brilhante!! Brilhante!! Gostaria de brindar – e espero que os meus amigos aquosos me acompanhem neste ‘tchim-tchim’ gostoso feito com os restos do espumante Fita Azul da festa de Fim de Ano que ficou no frigorífico para servir posteriormente no tempero das costeletas - , neste momento de tão grande elevação, à mente clarificada e reluzente que se lembrou que a melhor forma de reduzir a sinistralidade nas estradas portuguesas, é reduzindo o já ridículo, mas ainda assim aceitável, limite máximo de velocidade permitida por lei de 50 Km/H para 30 Km/h!!! Fabuloso!! Está resolvido o problema…

Obrigado e boa noite.

Ah, ah!! Pensavam que a minha dissertação ia ficar por aqui, não?! Mas não fica. Gostava de tecer algumas considerações que penso serem importantes neste marco histórico das nossas vidas.

1 - Ao que parece, e citando uma fonte próxima das Estradas de Portugal – já agora, porque é que eu não tenho uma ‘fonte próxima’?! Toda a gente tem e eu não! Eu queria… - a sinistralidade dentro das localidades tem evoluído negativamente nos últimos anos, pelo que, deixo uma pergunta, penso que pertinente: para quê reduzir o limite máximo de velocidade dentro das localidades?! Se calhar não vale a pena… Corremos inclusivamente o risco de que os próximos sinistrados sejam aqueles que morrerem de tédio dentro da própria viatura. Deixo o alerta.

2 - Sempre imaginei o SMART como sendo o típico carro citadino, adequado a todas as situações do dia-a-dia… Penso que a partir de agora, encontraremos uma solução muito mais em conta na Max-Mat, porque qualquer corta-relva atinge os 30 Km/h com imensa facilidade. Na pior das hipóteses, podemos sempre adquirir um tractor em 2ª mão… Será sempre mais confortável que um corta-relva.

3 – E porque não, e isto já sou eu a extravasar, uma Carta de Atravessamento de Vias para Peões (CAVIP)? Já que quem conduz é obrigado a ter carta e seguro, porque não obrigar quem atravessa as estradas em plenas curvas, a mancar, de muletas, de braço ao peito e cheios de sacas do LIDL (por falar nisso, estas sacas ainda são de borla…) agarradas à moca do guarda-chuva, enquanto falam ao telemóvel, a ter a CAVIP? Assim, poderíamos garantir algum retorno por parte das seguradoras, em caso de atropelamento dum destes transeuntes, pois estariam a incorrer em contra-ordenações graves previstas no Código do Atravessamento de Vias… Isto apesar de provavelmente terem falecido por causa da pancada da viatura. Mas isso é outra coisa.

4 – Já testei os limites do meu carro andando a essa estonteante velocidade de 30 Km/h e foi lindo ver os putos que me ultrapassaram de bicicleta e de skate a rirem-se de mim… Foi refrescante! Inclusivamente, tive a possibilidade de reparar que na mercearia lá da rua, o Abacaxi está a 0,90€ o quilo. Barato, não é?! Já valeu a pena andar a 30 Km/h. Penso que todos passaremos a ver coisas que nunca havíamos visto, quanto mais não seja porque iremos ter a nítida sensação de estarmos – ai, como é que se chama aquilo? - parados…


O PEIXE-OVELHA

P.S.: Para aqueles que neste momento me estão a chamar parvo por não ter mencionado a solução AIXAM no ponto 2 da minha exposição, garanto-vos que não o fiz apenas e só porque esses bólides espadaúdos estão limitados a maiores de 80 anos que usem boina e/ou boné.

2008/01/04

Milagre?! Nah... Distracção!

Mais uma notícia estonteante (ando muito virado para as notícias, não ando?)!!!!

«Homem caiu de um 47º andar e sobreviveu. Médicos estão atónitos com a recuperação.»

Alguém ousou chamar a este acontecimento de "MILAGRE"... Discordo absolutamente!! MILAGRE é um tipo sobreviver em Portugal com um salário mínimo de 426,00€ (ah,ah! O PEIXE-OVELHA está por dentro das actualizações...) e pagar água, luz, telefone, internet, tv-cabo (e sport-tv claro, porque um tipo tem que ver a bola enquanto a mulher faz o jantar), empréstimo da casa e do carro, e juntar um dinheirito prás férias no Algarve, porque pró Brasil 'tá caro'... Bem, quanto a ir ao Brasil, há um ou dois truques que se podem aplicar para dar o mico a outrem, mas não vou entrar por aí ("É que são 500 contos!!!").

Já estou a divagar, como de costume...

Adiante.

Dizia eu que esta notícia não retrata um milagre. Retrata sim uma distracção da Sôra Dona MORTE! Ela lá ia a passear, nas calmas, toda de preto, capuz enfiado, foice na mão, e viu o tipo a cair do 47º andar. E pensou:"Ôsga-se!! A esta hora?! Já despeguei... Cai lá, mas nem penses que te vou buscar. Ainda por cima os bicos de papagaio andam-me a dar cabo das costas. Vai prós teus!!!" E foi assim. Pelo menos, é assim que eu vejo a situação... Claro que daqui não vejo muito bem. Mas podemos sempre entrar no campo dos 'supônhamos'. Xiiiii! Esqueci-me de avisar.

Enfim. Mais uma insistência de quem não tem nada para dizer...

O PEIXE-OVELHA

Relação CAUSA-EFEITO

Digníssimos leitores, é com grande sentido de responsabilidade e dever cívico, que marcamos a «rentreé» bloguiana (sempre quis dizer isto, não liguem) de 2008 da mesma forma como concluímos o exercício de 2007: à cacetada!!! Pena é que seja apenas uma marrada em forma de 'chorrilho de palavras insultuosas' e não ao som de um pau de marmeleiro embatendo nas costas de uns quantos ministros...

Posto isto, passemos a 'malhar'.

Duas notícias marcam a actualidade:

«DGCI alcança máximo histórico de cobrança mensal de dívidas» e «1/4 dos portugueses fica sem dinheiro depois de bens essenciais».

O mais engraçado é que, parecendo que não - ou será que parece ? -, ambas as notícias conjugam-se na perfeição, funcionando como uma verdadeira 'pescadinha de rabo na boca'.

E agora serei um autêntico Prof. Marcelo na boca de Ricardo Araújo Pereira:
- Se a DGCI alcança um máximo histórico de cobrança mensal de dívidas é porque os portugueses não tinham dinheiro para pagar voluntariamente as suas dívidas fiscais;
- Mas o que é certo é que os portugueses ficam sem dinheiro depois de pagarem os seus bens essenciais, pelo que não terão dinheiro para pagar as suas dívidas fiscais;
- Portanto, pode-se cobrar;
- Mas não tem como se pagar;
- Mas ainda assim, cobra-se;
- E as pessoas ficam sem comer;
- E o Estado é servido pelo povo;
- Relembro que a função do Estado é servir o povo;
- Mas não o faz;
- Contudo deveria fazê-lo...

E estaríamos aqui a noite toda (mas eu não tenho palavras para muito mais, já estou quase a acabar) a rodar a mãozinha para um lado e para o outro a esgrimir argumentos.

Sem dúvida que é um recorde assinalável, mas ainda no mês passado a minha conta bancária atingiu um mínimo histórico (!!) e não fiz disso notícia de proa...

O PEIXE-OVELHA