2008/01/10

Velocidade máxima dentro das localidades: 30 KM/H!!!! Espectáculo!!!


Brilhante!! Brilhante!! Gostaria de brindar – e espero que os meus amigos aquosos me acompanhem neste ‘tchim-tchim’ gostoso feito com os restos do espumante Fita Azul da festa de Fim de Ano que ficou no frigorífico para servir posteriormente no tempero das costeletas - , neste momento de tão grande elevação, à mente clarificada e reluzente que se lembrou que a melhor forma de reduzir a sinistralidade nas estradas portuguesas, é reduzindo o já ridículo, mas ainda assim aceitável, limite máximo de velocidade permitida por lei de 50 Km/H para 30 Km/h!!! Fabuloso!! Está resolvido o problema…

Obrigado e boa noite.

Ah, ah!! Pensavam que a minha dissertação ia ficar por aqui, não?! Mas não fica. Gostava de tecer algumas considerações que penso serem importantes neste marco histórico das nossas vidas.

1 - Ao que parece, e citando uma fonte próxima das Estradas de Portugal – já agora, porque é que eu não tenho uma ‘fonte próxima’?! Toda a gente tem e eu não! Eu queria… - a sinistralidade dentro das localidades tem evoluído negativamente nos últimos anos, pelo que, deixo uma pergunta, penso que pertinente: para quê reduzir o limite máximo de velocidade dentro das localidades?! Se calhar não vale a pena… Corremos inclusivamente o risco de que os próximos sinistrados sejam aqueles que morrerem de tédio dentro da própria viatura. Deixo o alerta.

2 - Sempre imaginei o SMART como sendo o típico carro citadino, adequado a todas as situações do dia-a-dia… Penso que a partir de agora, encontraremos uma solução muito mais em conta na Max-Mat, porque qualquer corta-relva atinge os 30 Km/h com imensa facilidade. Na pior das hipóteses, podemos sempre adquirir um tractor em 2ª mão… Será sempre mais confortável que um corta-relva.

3 – E porque não, e isto já sou eu a extravasar, uma Carta de Atravessamento de Vias para Peões (CAVIP)? Já que quem conduz é obrigado a ter carta e seguro, porque não obrigar quem atravessa as estradas em plenas curvas, a mancar, de muletas, de braço ao peito e cheios de sacas do LIDL (por falar nisso, estas sacas ainda são de borla…) agarradas à moca do guarda-chuva, enquanto falam ao telemóvel, a ter a CAVIP? Assim, poderíamos garantir algum retorno por parte das seguradoras, em caso de atropelamento dum destes transeuntes, pois estariam a incorrer em contra-ordenações graves previstas no Código do Atravessamento de Vias… Isto apesar de provavelmente terem falecido por causa da pancada da viatura. Mas isso é outra coisa.

4 – Já testei os limites do meu carro andando a essa estonteante velocidade de 30 Km/h e foi lindo ver os putos que me ultrapassaram de bicicleta e de skate a rirem-se de mim… Foi refrescante! Inclusivamente, tive a possibilidade de reparar que na mercearia lá da rua, o Abacaxi está a 0,90€ o quilo. Barato, não é?! Já valeu a pena andar a 30 Km/h. Penso que todos passaremos a ver coisas que nunca havíamos visto, quanto mais não seja porque iremos ter a nítida sensação de estarmos – ai, como é que se chama aquilo? - parados…


O PEIXE-OVELHA

P.S.: Para aqueles que neste momento me estão a chamar parvo por não ter mencionado a solução AIXAM no ponto 2 da minha exposição, garanto-vos que não o fiz apenas e só porque esses bólides espadaúdos estão limitados a maiores de 80 anos que usem boina e/ou boné.

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