2008/01/04

Relação CAUSA-EFEITO

Digníssimos leitores, é com grande sentido de responsabilidade e dever cívico, que marcamos a «rentreé» bloguiana (sempre quis dizer isto, não liguem) de 2008 da mesma forma como concluímos o exercício de 2007: à cacetada!!! Pena é que seja apenas uma marrada em forma de 'chorrilho de palavras insultuosas' e não ao som de um pau de marmeleiro embatendo nas costas de uns quantos ministros...

Posto isto, passemos a 'malhar'.

Duas notícias marcam a actualidade:

«DGCI alcança máximo histórico de cobrança mensal de dívidas» e «1/4 dos portugueses fica sem dinheiro depois de bens essenciais».

O mais engraçado é que, parecendo que não - ou será que parece ? -, ambas as notícias conjugam-se na perfeição, funcionando como uma verdadeira 'pescadinha de rabo na boca'.

E agora serei um autêntico Prof. Marcelo na boca de Ricardo Araújo Pereira:
- Se a DGCI alcança um máximo histórico de cobrança mensal de dívidas é porque os portugueses não tinham dinheiro para pagar voluntariamente as suas dívidas fiscais;
- Mas o que é certo é que os portugueses ficam sem dinheiro depois de pagarem os seus bens essenciais, pelo que não terão dinheiro para pagar as suas dívidas fiscais;
- Portanto, pode-se cobrar;
- Mas não tem como se pagar;
- Mas ainda assim, cobra-se;
- E as pessoas ficam sem comer;
- E o Estado é servido pelo povo;
- Relembro que a função do Estado é servir o povo;
- Mas não o faz;
- Contudo deveria fazê-lo...

E estaríamos aqui a noite toda (mas eu não tenho palavras para muito mais, já estou quase a acabar) a rodar a mãozinha para um lado e para o outro a esgrimir argumentos.

Sem dúvida que é um recorde assinalável, mas ainda no mês passado a minha conta bancária atingiu um mínimo histórico (!!) e não fiz disso notícia de proa...

O PEIXE-OVELHA

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